Ela: Vou te fazer um pedido meio estranho...
Ela: A gente sempre fala tanto e tanto...
Ela: depois fico aqui... relembrando ...
Ela: Escreve um texto comigo ?
Ela: Ah, não... não era pra você ter olhado e dito ...ahan..., é um pedido real...o texto, é aqui...agora...e ninguém vai saber quem é você...pode escrever...depois eu digo que te inventei! Começa agora... na próxima linha...
Ele: As vezes penso que quase sempre nunca entendo as coisas direito.
Ela: Tá, não liga não... eu também não...Mas sei La, vai que um dia alguém se interessa por esse texto...também não irão entender.Vamos fazer assim, colocar no inicio de cada frase o ele e o ela?! Posso ser o ela, ou você quer que eu seja você? Eu sou ela ta... E Você e você... Já coloquei! Você quer falar sobre o que?
Ele: Se alguém se interessar por esse texto será pelo que fizermos não pelo que dissermos, dizemos aquilo que queremos e queremos aquilo que guardamos, lutamos para descobrir uma coisa e descobrimos milhares de outras coisas mesmo que não encontremos o que saímos para descobrir
Ela: Hoje eu sai de casa para fugir... Acho que não quero mais descobrir nada sabia? Nem o que procuro consigo saber... E quanto mais eu me empenho em encontrar as respostas, mais as questões fogem de mim. Sabia que pensei em um milhão de coisas para escrever enquanto você escrevia? E sempre fiz isso... Enquanto você dormia, enquanto você sorria, e quando você saia, e quando você chegava... e mesmo quando você estava, eu não via. Eu, sempre fugia... Você sabia?
Ele: Fugia de si, fugia de mim, fugia como se fosse possível correr desse mundo senão em círculos, pois num mundo chato há cantos, mas o mundo é redondo e quem muito corre termina por encontrar-se no ponto de partida, e assim parte de novo. Parto Como quem nasce e não parto de quem vai. Aqui posso ser as minhas próprias linhas, não sou invenção, invento mais que o invento de sua imaginação, pois sou de carne e sonho. E assim se imagina duas vezes.
Ela: A gente sempre corre de braços abertos, para os nossos maiores medos... estou aqui. E você? Do que fugia?
Ele: Não fugia Lord Henry e seus medos, mas tambem encontrei meus medos e atropelei-os e com eles atropelei muito mais que medos... atropelei pedaços de mim mesmo e de muitos ao meu redor. De repente tive medo de me mover!
Ela: Você... E você. E. me atropelou. Você acha que consegue me salvar? ...Vamos falar de coisas alegres? Não que isso seja triste... E pesado... e sabe, chegou a hora de deixar a bagagem pelo menos pra mim...carrego coisas demais...pena que não podemos deixar tudo pra trás. A lembrança vem... Vamos começar tudo de novo? Por que voce se apaixonou por mim?
Ele: Porque a inteligência me atrai muito, alem disso voce é linda!
Ela: Eu não sou inteligente... Ou, não deveria parecer ser...Mas, existem por ai, milhares de mulheres lindas e inteligentes, e hoje, mesmo conhecendo os meus defeitos, você esta aqui...( eu estou aqui , na verdade ) ...você queria que eu estivesse?
Ele: Sim, gosto demais da sua companhia. Teus defeitos não são problema. As outras naras são!
Ela: Não existem varias Naras... Existem vários medos, e desejos, e medos, e sonhos, e medos e sentimentos...e eu não tenho a menor a ideia de como lidar com tudo ...e só você entende isso...sem julgar, acho que preciso de você, pra conseguir me entender...me explica...ou me conta...como você me vê?
Ele: lide com eles com a narinha. Vejo-te como te via no paraíso, mas com mais roupa.
Ela: A vida me encheu de pudores... ou seria o frio?
Ele: os dois nos enchem de tudo, até de pudores. Enche tudo, enche a cabeça, enche o coração e muitas vezes enche o saco. Só não pode parar de encher a gente de esperança.
Ela: Esperança por mim e por você juntos... pode ter também?
Ele: Esperança não tem limite. E é a ultima que morre. E a esperança tem que ser dividida.
Ela: Vamos dormir? Hoje, e todos os outros dias de nossas vidas?Juntos! Todo noite, ou todo dia... Meu trabalho não tem hora, nem lugar...Mas mesmo que eu sempre vá...posso te esperar?
Ele: Vamos, vc sempre irá e eu sempre estarei.
Ela: Ta... vou tentar acreditar.
